Foto: Dulce Helfer
O primeiro filme foi lançado em outubro do ano passado, estrelado pelos atores Murilo Rosa e Leonardo Machado
Nos próximos dias, serão feitas, na região, gravações de um documentário curta-metragem intitulado Gumercindo Saraiva - A última batalha. A produção cinematográfica vai dramatizar os dois últimos dias de vida do famoso general maragato, nos mesmos cenários onde a sua história foi forjada a bala, lança e pata de cavalo.
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O Museu Municipal Pedro Palmeiro, de Santiago, vai dar suporte para a produção, disponibilizando itens de seu acervo que são do período da Revolução Federalista (foto ao lado). Conforme o coordenador do museu, Vanderlei Almeida, serão emprestadas, para a produção, as lanças, espadas, pistolas e arreios usados por maragatos e pica-paus durante o conflito.
As filmagens começaram na sexta-feira, em uma cavalgada de 50km, saindo de Capão da Batalha, na localidade de Carovi, em Capão do Cipó, e indo até o Cemitério dos Capuchinhos, em Itacurubi. O filme Gumercindo Saraiva - A última batalha tem lançamento previsto para agosto deste ano.
- Santiago recebeu nosso projeto de braços abertos, e esse apoio é imprescindível para realização do nosso documentário sobre os dois últimos dias de vida do mais famoso general maragato. É um importante resgate histórico da região - destaca o produtor-executivo do filme, Caco Fabrício.
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A história de Gumercindo já havia ganhado um outro filme. Em outubro do ano passado, foi lançado o longa A Cabeça de Gumercindo Saraiva, que é estrelado pelos atores Murilo Rosa e Leonardo Machado. Este último, que faleceu em setembro, antes do lançamento, foi homenageado no festival Santa Maria Vídeo e Cinema.
O DOCUMENTÁRIO
Gumercindo Saraiva foi um líder revolucionário de duas pátrias. Personagem histórico controverso, amado ao extremo por uns e odiado também em máxima intensidade por outros. Sua vida é marcada por grandes e arrojados feitos militares que o tornaram uma figura histórica lendária não só no Brasil e no Uruguai, mas no mundo, sobretudo devido ao seu protagonismo na terceira maior marcha militar de todos os tempos.
Foto: Divulgação
Os registros históricos, desde o momento em que foi mortalmente ferido, no Carovi, até seu primeiro sepultamento, no Cemitério dos Capuchinhos, em Itacurubi, mostram divergências e até mesmo desconhecimento de autores sobre fatos ocorridos nestes dois últimos dias de sua jornada.
Com base em uma pesquisa que compilou e comparou registros de vários autores, chegou-se à rota do que teria sido a saga dos líderes federalistas para colocar a salvo o cadáver de seu general comandante, que era cobiçado pelos adversários como um troféu de guerra.
Nas paradas ao longo do trajeto, em almoços e pernoites, durante as gravações, serão realizadas tertúlias culturais e musicais, com charlas contando episódios pitorescos da Revolução de 1893, que resgatam também a música gaúcha e latino-americana. Também durante este trajeto, serão gravados depoimentos de memorialistas, assim como cenas ficcionais que vão contextualizar a época, para contarem os dois últimos dias do general maragato.